Amo a Chanel como poucas marcas. E sua bailarina bicolor é meu uniforme diário. Vai ver que é por isso que ando tão decepcionada com os últimos desfiles e campanhas da marca. Vamos começar com o fiasco da coleção verão 2010 até chegar no último desfile da grife, analisando algumas más escolhas. Karl Lagerfeld já criou coisas lindas para a Chanel, mas que ele tá perdendo noção, ele tá (tattoos temporárias?! Sério?). A impressão que eu tenho é que Lagerfeld está mais preocupado em ser famoso e tirar fotos medíocres do que com a preservação de uma marca clássica e centenária. É isso, vamos lá:
Outono/inverno 2010: Nesta coleção o abominável homem das neves faz uma aparição. Para a temporada o estilista decidiu usar pele artificial na maison ultra-super-luxo que é a Chanel. Caro Karl, se você não vai usar pele autêntica, não use e ponto. Mais uma vez vemos roupas (vide o terceiro e quarto vestidos acima) que estão mais pra H&M do que Chanel. É lamentável porque o inverno é a temporada mais chique, e ninguém entendia mais de ‘chique’ do que a Chanel.
Outono/inverno 2011: Quando olho pra esta coleção me pergunto o que Coco Chanel pensaria destes macacões. Tem looks que poderiam ser confundidos por Diesel, o que só me leva a pensar que tweed e correntes não são o suficiente para preservar a identidade da Chanel. A marca sempre trabalhou a feminilidade e a fundadora criou o tailleur fazendo do terno um item feminino. Mas hoje, vemos muito pouco que valorize a forma da feminina em sua grife.
Será que a proximidade da aposentadoria de Karl Lagerfeld é uma realidade ou ficará apenas nos boatos?
Primavera/verão 2010: O famoso passeio na Fazenda Chanel. Tirando os tamancos, esta coleção foi bem triste. Acima vemos peças, como a camisa de safari e casaco liso, que podem ser encontradas em qualquer multimarca do mundo. O styling fraco tem um desleixo adolescente que não é nada digno da grife.
Primavera/verão 2011: O que eu mais lembro desta coleção são os horrendos sapatos ortopédicos. Roupas desajeitadas (e até cafonas) desfilaram unidos a acessórios pobres que tentavam completar o visual. A parte mais incrível é que num desfile de 87 looks, e um giga orçamento, nada impressionou.